"Não compactuo com polícia vagabundo e com vagabundo que perdeu a eleição". CPI's pós conclusão serão encaminhadas ao Poder Judiciário
"...Não sou omisso, eu tenho família, tenho filho e não estou aqui para ser estatística igual Marielle e os vereadores de Caxias. Não estou e nenhum vereador daqui vai ser...Não tenho medo de policia vagabundo e político vagabundo. Não compactuo com qualquer crime organizado, nem facção... e nem com milcianos... Não compactuo com gente vagabundo, não sou corrupto. Quero abrir também a CPI dos roubos dos notebooks. Já recebemos as informações e somadas aquelas em perfis no Facebook, inclusive acusando autoridades da cidade. Fica esses "pela saco" que perderam a eleição, botando no Facebook falando que autoridade tem envolvimento. Então quem fala vai ter que provar nessa Casa. Quem tá na sacanagem e quem não está, vai ter que vir prestar esclarecimentos" argumentou o Presidente Gil Torres.
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Ameaças ao chefe do Legislativo e furto de notebooks destinados aos profissionais da educação, estes serão os temas investigados pelas duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) que a Câmara Municipal de Itaguaí abriu na manhã de ontem terça-feira (08).
A abertura das investigações aconteceu durante a 2ª Sessão Ordinária do ano e o principal signatário foi o próprio Presidente da Casa, vereador Gil Torres (PSL), que obteve apoio de todos os vereadores com a aceitação das duas denúncias.
Após assinatura dos Projetos de Resolução nº 004 e nº 005, cada vereador votou nominalmente sobre a criação das comissões. O próximo passo é a indicação dos membros, que iniciarão os trabalhos após a publicação da composição das CPIs. Cada comissão será composta de um presidente, um relator, um membro e dois suplentes.
Após a conclusão das CPIs o relatório é encaminhado ao judiciário para eventual punição.
Ameaças ao chefe do Legislativo
Antes do início da Ordem do Dia, o Presidente Gil Torres leu na íntegra uma carta anônima entregue à Casa Legislativa o responsabilizando pela operação e permanência de força policial na comunidade conhecida como Sem Terra.
O tema, que já havia sido esclarecido pelo chefe do Legislativo na época em que a operação na comunidade começou, voltou à tona com o recebimento da correspondência, que finalizava afirmando em tom de ameaça que o vereador será cobrado pelo fato.
Gil explicou novamente que decisões sobre operações policiais não são de sua atribuição e tampouco tem sua gerência. O presidente da Casa afirmou que o tom de ameaça contido na carta será devidamente investigado.
O parlamentar contou que logo que os primeiros boatos sobre o assunto surgiram ainda no ano passado, foi realizado um registro na Polícia Civil, e o Ministério Público e demais órgãos competentes foram comunicados para que os fatos fossem elucidados. Gil destacou que as atribuições de vereador é legislar e fiscalizar o Poder Executivo.
– Eu não mando na polícia, nenhum vereador, prefeito ou qualquer outra autoridade manda na polícia – explicou o edil, acrescentando que a ligação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) com o município se dá através do convênio para policiamento ostensivo através do Programa Estadual de Implantação de Serviços (Proeis).
Gil contou que entendeu o recebimento da carta como uma tentativa de intimidação. O parlamentar afirmou que não será intimidado e que não está envolvido com qualquer tipo de ato ilícito. Lembrou que atuou de forma firme na Comissão Processante que culminou com a cassação do ex-prefeito Charlinho, que sua gestão à frente da CMI foi responsável pela adesão da instituição ao Programa Nacional de Prevenção à Corrupção e que não irá se omitir.
– Não tenho medo de vagabundos – afirmou, acrescentando que quem espalhou informações caluniosas terá que se explicar.
Gil afirmou que nem ele, nem nenhum outro vereador de Itaguaí entrará para a estatística de representantes do povo assassinados e cobrou providências do Governo do Estado para garantia de segurança.
– Que o senhor Governador ouça o que estou falando e nos ampare. Eu tenho família, tenho filhos. Não estou aqui para entrar para a estatística – cobrou o parlamentar.
Furtos de notebooks
O Segundo pedido de investigação é sobre o caso dos notebooks da Secretaria Municipal de Educação que foram furtados. O pedido de abertura de CPI para apurar os fatos, também de autoria do vereador Gil Torres, foi aceito por unanimidade.
– Aproveitando para comunicar que também quero abrir uma CPI sobre os furtos de notebooks. Aqui o trabalho é transparente. Não somente sobre a situação do Sem Terra, que ocorre envolvendo meu nome, mas também quero abrir uma CPI para apurar o furto dos notebooks aqui da Prefeitura – enfatizou o vereador lembrando que a prerrogativa de vereador é legislar e fiscalizar.
Vereadores manifestaram apoio
Vereadores da Casa manifestaram apoio à abertura das investigações e se colocaram à disposição do Presidente Gil Torres. Os parlamentares lembraram tempos difíceis que o município já passou devido à violência na política, classificaram as ameaças como inadmissíveis e apoiaram o Presidente na cobrança por garantia de segurança.
Ordem do dia
A pedido do vereador Sandro da Hermínio (PP) as Indicações e Requerimentos foram votadas em bloco. Vinicius Alves (Republicanos) pediu a inclusão de duas Indicações de sua autoria em pauta e o vereador Jocimar do Cartório (PTC) pediu dispensa de interstício para as matérias de autoria do Poder Executivo.
Após o pedido de dispensa ser aprovado pelo plenário, as duas matérias de autoria do Executivo foram aprovadas por unanimidade em Sessão Extraordinária. São elas:
Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo que autoriza o Poder Executivo à abertura de crédito especial na área da saúde;
Projeto de Lei de autoria do Poder Executivo que dispõe sobre as diretrizes dos serviços de transportes rodoviários de passageiros no âmbito do Município de Itaguaí;
A próxima sessão foi marcada para o dia 10 de fevereiro em horário regimental.
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