segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Motoristas ficam presos em intenso tiroteio na Linha Vermelha 

Em 26 de setembro de 2022

Rio de Janeiro  - Policiais do BOPE, BAC e CORE, realizaram operação conjunta nas comunidades da Vila do João e Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré na manhã desta segunda-feira (26). 

  Os Policiais fecharam a Linha Vermelha durante o tiroteio e os motoristas ficaram presos durante a intensa troca de tiros.


35 escolas da região da Maré ficaram fechadas nesta segunda-feira, por conta do tiroteio que fechou vias expressas no Rio. 

A UFRJ também suspendeu as aulas do turno da manhã no campus Cidade Universitária.

Na operação 5 mortos e 26 presos. Além dos motoristas, moradores ficaram na linha de tiro. 

Desde as primeiras horas da manhã, moradores relatavam intensos tiroteios em diferentes pontos da comunidade, impedindo muitos de sair para trabalhar.

A PM afirma que as cinco mortes são de criminosos em confronto, mas uma das famílias dá uma versão diferente.

A família diz que um dos mortos é inocente. O homem era conhecido como Zé Careca. Segundo os parentes, ele a mulher trabalhavam em uma barraca vendendo bebidas no baile funk da comunidade. A vítima, segundo familiares, estava indo até o local para ajudar a esposa a recolher o material, quando foi atingida.

A ação também resultou em prisões e apreensões.
“Na ação, houve 26 presos, apreensão de 07 fuzis, 08 pistolas, uma réplica de arma de pressão/ar comprimido, uma granada, aproximadamente uma tonelada de maconha e 50 pés de maconha, 48 frascos de lança-perfume, 20 carros e motocicletas roubados recuperados, cinco criminosos feridos em confronto e que vieram a óbito, três criminosos feridos com mandado de prisão em aberto", detalhou a PM.

No início da noite, o Hospital Federal de Bonsucesso divulgou um balanço diferente da PM. O hospital informou que 15 pessoas deram entrada na unidade, sendo que 7 já chegaram mortas.

Operação de emergência

Segundo o governo do estado, foi uma operação de emergência depois que órgãos de inteligência identificaram uma tentativa de invasão a uma outra comunidade na Maré, dominada por uma facção rival.
O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e a Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), as forças de elite da PM e da Polícia Civil do RJ, mobilizaram 180 homens, blindados e helicópteros.

Moradores relatam pânico

“O tiroteio começou por volta das 3h30, perto do Batalhão da Maré, quando eu estava voltando do aeroporto para pegar a Linha Amarela. Foram muitos tiros trocados”, narrou um.

“Aqui na Maré está muito tenso, não consigo sair de casa desde as 5h20”, disse um morador.

“Sou moradora da Maré e preciso sair para trabalhar”, contou outra.

“Sou professora na Maré. Vocês não sabem o que é a tensão, porque para lá fora estar assim, lá dentro a gente já está nos corredores há muito tempo”, relatou uma.
“Tiros de alto calibre na Maré desde as 4h. Barulho de carros em alta velocidade na direção da Mangueira, bem tenso”, contou outro.
Há relatos ainda de que a polícia chegou atirando num baile pagofunk na Vila dos Pinheiros. Na correria, frequentadores teriam se machucado.
Em outro vídeo, meninas se encolhem num canto enquanto policiais correm atirando.

Candidatos ao governo do Estado viram momento político e falta de organização na operação que deixou na linha de frente vários inocentes.

Candidatos ao governo do Estado criticaram a forma que a operação foi conduzida.  Segundo os candidatos, uma operação desta tem que ser feita com inteligência, justamente para que não ocorram mortos ou feridos inocentes ou ainda que vítimas ficam encurraladas ou expostas, como ocorreu hoje com motoristas e moradores da região. Eles entendem que a operação foi intenções políticas do candidato a reeleição Cláudio Castro, às vésperas do dia da eleição. Mas, que o tiro saiu pela culatra e demonstrou que o Rio continua inseguro e com ações mal planejadas. Recentemente o governo do Estado alegava que Operações nas comunidades estavam paralisadas por conta de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto hoje essa operação ocorreu e deixa a dúvida no ar que as operações não ocorriam por conta da próprio governo estadual, e que com a aproximação do dia do pleito as coisas parecem ter mudado.

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