quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Ministério da Saúde retira de nota técnica tabela que defendeu hidroxicloroquina e questionou vacinação


Documento que rejeita protocolo contrário ao uso do tratamento precoce foi republicado após críticas da comunidade científica



Brasília  - O Ministério da Saúde publicou uma nova nota técnica nesta quarta-feira (26) para retirar o controverso trecho que dizia que a eficácia e a segurança das vacinas contra covid-19 eram menores do que as de medicamentos como a hidroxicloroquina. A tabela que comparava os dois métodos para controle da doença foi removida do documento, divulgado no fim de semana

A primeira versão contrariava a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a comunidade científica mundial — a vacinação contra o coronavírus é reconhecida internacionalmente como a forma mais segura de prevenção a doenças. Medicamentos do chamado tratamento precoce não são reconhecidos pela OMS e não são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da covid.
No novo texto, porém, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Hélio Angotti Neto, segue rejeitando os protocolos aprovados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec), que contraindicam o uso de medicamentos como a hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com covid.




STF havia dado cinco dias para que ministro da Saúde e secretário explicassem nota com informações falsas

A ministra Rosa Weber deu cinco dias a contar da data de hoje, para que o secretário do ministério da Saúde, Hélio Angotti, e o ministro Marcelo Queiroga prestem informações sobre a nota técnica assinada na semana passada pela Pasta. No documento, Angotti cita que as vacinas não são eficazes contra a Covid-19 e defende o uso da hidroxicloroquina, que é um remédio comprovadamente ineficaz contra a doença.

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