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terça-feira, 4 de outubro de 2022

Volta a circular vídeo de Bolsonaro na maçonaria


No Telegram, vídeo gera corrente de decepção e contracorrente de justificativas em defesa de Bolsonaro

ASSISTA O VÍDEO NO FIM DA MATÉRIA 

Em 04 de outubro de 2022


Brasília - Um vídeo de Jair Messias Bolsonaro numa reunião maçônica com data indefinida, voltou a circular nas redes sociais. Bolsonaro aparece cantando o hino nacional com os maçônicos e depois faz um discurso no templo. O atual presidente que tenta reeleição neste segundo turno, sempre tentou associar Lula a outras religiões que não a evangélica e a católica, no entanto o vídeo de Bolsonaro na maçonaria é verdadeiro e pegou o presidente de calças curtas.

O compartilhamento do vídeo, poderia afetar de alguma forma a campanha do atual presidente que caminha para o segundo turno da eleição, e tem como base o voto de cristãos. Agora, a oposição usa o vídeo para que chegue aos eleitores tradicionais de Bolsonaro, já que frequentar lojas maçônicas ou “associações secretas” é tido como uma proibição dentro do Código Cânonico católico.
Dois artigos se referem a essa questão. 

Cân. 684: “Os fiéis fugirão das associações secretas, condenadas, sediciosas, suspeitas ou que procuram subtrair-se à legítima vigilância da Igreja”.
Cân. 2333: “Os que dão seu próprio nome à seita maçônica ou a outras associações do mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja ou contra os legítimos poderes civis, incorrem ipso facto na excomunhão simplicitária reservada à Sé Apostólica”.
Durante sua fala no vídeo, Bolsonaro alerta para um “perigo ideológico” e afirma que é preciso “fugir da política tradicional”. As imagens foram extraídas de um vídeo mais longo.

Posicionamento igreja 

À Folha de São Paulo, Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo,e apoiador de Bolsonaro, comentou o vídeo. “Se for verdade (o vídeo), há pouco estrago, porque não é uma questão religiosa”. Caso seja “fake news”, segundo ele, não há estrago nenhum. Porém em outro vídeo recuperado por internautas, o líder evangélico aparecia criticando a maçonaria e afirmando que “a maçonaria não é para nós. Tem coisa que vale a pena para qualquer pessoas , para o povo de Deus não presta…”, afirma Malafaia em um vídeo antigo.


Críticas de apoiadores de Bolsonaro no Twitter

O vídeo gerou críticas entre usuários do Twitter, que colocaram "maçonaria", "muito grave" e "Bolsonaro satanista" entre os termos mais comentados da rede social nesta manhã.

"Desculpa gente. Eu como uma mãe cristã não posso aceitar isso! Infelizmente vou ter que votar no LULA que criou a lei da marcha pra Jesus.  BOLSONARO TRAIDOR BOLSONARO SATANISTA MAÇONARIA", diz uma usuária do Twitter.

Outro disse:"BOLSONARO também traiu minha fé, depois desse vídeo dele na maçonaria, estarei apoiando Lula nesse segundo turno. DECEPÇÃO!"

"Infelizmente o presidente Bolsonaro foi flagrado em uma maçonaria, onde frequenta como membro. Como cristão e servo do senhor isso me entristece bastante, pois confiei nele. Para quem não sabe aquilo em destaque representa o olho do SATANÁS. Decepção, sou Lula agora... finalizou outra conta no Twitter.

Tema antigo

O tema já tinha sido usado contra o Bolsonaro e seguidores do presidente. o ex candidato Cabo Daciolo chegou a afirmar que a facada que o presidente levou em 2018, foi orquestrada pela maçonaria e que figuras evangélicas como Marcos Feliciano e Malafaia eram envolvidos com a organização secreta. Nenhuma afirmação é comprovada.

Alguns apoiadores bolsonaristas como Carla Zambelli e Jorginho Mello têm envolvimento maçônico. A deputada Zambelli casou-se em 2020 numa cerimônia maçônica.


O que Bolsonaro diz no vídeo

Na gravação, Bolsonaro diz:

Nós corremos o risco de algo muito sério, tão ou mais grave que a corrupção, que é a questão ideológica.

Temos tudo para sermos uma grande nação. Às vezes, a gente olha para um país pequeno, alguns até menores que o menor estado nosso, que é o estado de Sergipe, que nada tem e são destaque no mundo. Nós, com todo esse potencial que aqui temos, lamentavelmente devemos muito ainda para chegar próximo a essas nações.

Não estou como candidato a nada, há dois anos e meio resolvi andar pelo Brasil, sair da zona de conforto que é o mandato parlamentar, é quase como estar no paraíso para quem não tem responsabilidade. Busquei regiões, fui atrás de problemas e como resolvê-los sem dinheiro, onde é que o calo aperta para nós brasileiros, quais são os problemas que temos que enfrentar.

Respostas, tive junto ao homem do campo, junto ao empresariado do interior de São Paulo. 'Primeiro, é o seguinte, deputado, precisamos de um presidente que não nos atrapalhe'. Nos últimos 30 anos, lamentavelmente, o Poder Executivo e Legislativo aperfeiçoou-se em criar problemas para vender facilidades. Não preciso entrar em detalhes, lamentavelmente, o histórico do dia a dia da nossa imprensa mostra como nós estamos. A raiz do problema... [corta]


ASSISTA O VÍDEO,  CLIQUE AQUI 


O que é maçonaria


maçonaria é uma organização fraterna que tem origem na Idade Média, e surgiu como uma irmandade de homens construtores (mason, em inglês, é pedreiro). Uma das características mais marcantes é a de que seus membros protegem uns aos outros, e só é possível entrar no grupo com o consentimento de outros integrantes.

Maçonaria não é religião, apesar de se apresentar como uma instituição religiosa, que "reconhece a existência de um único princípio criador, regulador, absoluto, supremo e infinito ao qual se dá, o nome de Grande Arquiteto do Universo".

De acordo com coluna de Rubens Valente de 2020, parte importante da maçonaria apoiou a campanha de Jair Bolsonaro em 2018. Além disso, dois conhecidos maçons integraram o governo, como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o vice-presidente, o general reformado Hamilton Mourão.

Além deles, Kassio Nunes Marques, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) apontado por Bolsonaro em 2020, declarou ser mestre da maçonaria em 2010, um grau considerado elevado na organização.

O Boca no Trombone Itaguaí deixa claro que respeita todas as religiões, já que vivemos num país laico conforme nossa constituição e todas as matérias aqui exibidas retratam a realidade e não exatamente a opinião do blog.

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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Bolsonaro vence em Itaguaí, Seropédica, Mangaratiba, Paracambi, e Angra dos Reis



Na capital do estado Bolsonaro vence de forma acirrada e em Piraí quase um empate entre os dois.Lula vence em Mendes, Rio Claro e Valença 

Em 03 de outubro de 2022

Rio de Janeiro  - Luís Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro travaram também no estado do Rio de Janeiro uma disputa intensa. O atual presidente levou a melhor no geral e faturou em vários municípios, como Itaguaí, Seropédica, Mangaratiba, Paracambi, Piraí e Angra dos Reis.

No município de Itaguaí, Bolsonaro obteve 58,93% contra 33,92% dos votos válidos. Já em Seropédica, o atual presidente obteve 56,76% e Lula 36,29%. Na cidade de Mangaratiba também deu a vitória ao candidato do PL, com 58,79%, já o petista teve 34,72%. Paracambi deu a Bolsonaro 55,16% contra 38,27% de Lula. Piraí ele obteve 46,31% e Lula 46,05%, sendo a disputa mais acirrada em todo o estado do Rio de Janeiro. 

Em Angra dos Reis, a vitória bolsonarista teve o melhor cenário, com 61,81% e Luís Inácio Lula da Silva ficou com 32,65%. 

Bolsonaro também venceu na capital, a cidade do Rio de Janeiro, mas o cenário foi mais disputado. O atual presidente teve 47,00% e o ex-presidente Lula 43,47% do total. 

Lula venceu em alguns municípios do estado. Em Valença, ele ficou com 54,33% e Bolsonaro 37,11%. O petista levou também em Rio Claro e em Mendes, porém de forma bem apertada. Lula ficou 48,73% e 46,60%, enquanto Bolsonaro ficou com 44,54% e 45,39% em cada cidade respectivamente.














Nos demais municípios Bolsonaro ficou na frente no geral. Dando a ele a maioria no estado.

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Lula vence também fora do Brasil

Candidato petista levou a melhor no exterior contra Bolsonaro 


Mundo - Com 99,15% das urnas apuradas, Lula vence também no Exterior. Com 47,13%, contra 41,63 de Bolsonaro, o petista faz um diferença superior a 5% em relação ao atual presidente. Resultado oficial desmente mais uma fake news divulgada no dia da votação, que curculava nas redes sociais dizendo que Bolsonaro havia vencido fora do Brasil.


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sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Merenda escolar sem reajuste faz com que crianças dividam até ovo no Brasil


Repasse não cresce há 5 anos e Bolsonaro veta aumento dado pela Câmara dos Deputados para 2023; há relatos em vários Estados, com denúncias de crianças que dividem um ovo e carimbo para aluno não repetir prato. Último reajuste do valor da merenda foi no governo Dilma em 2016.



Brasil - Na fila da merenda de sexta-feira na escola Francisca Mendes Guimarães, em Nova Fátima, no sertão baiano, alunos aguardam sua vez para escolher entre as bolachas doces e salgadas em uma bacia e pegar um copo de suco de maracujá. É essa a merenda servida aos estudantes às 10h. Para alguns, a primeira refeição do dia.

"É frustrante demais, principalmente quando eles dizem que não querem", conta Samara Santos Santana, diretora da escola.


O problema faz parte do dia a dia de cidades pobres de pequeno porte, que não têm receitas próprias e dependem basicamente da transferência de recursos federais para honrar suas obrigações.

Isso porque o valor da merenda está congelado desde 2017. Para 2023, o Congresso tinha aprovado uma LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que previa um reajuste de 34% para recompor as perdas no PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) vetou a proposta no dia 10 de agosto.

Além disso, o presidente ignorou o pedido dos municípios e apresentou o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) para o Congresso Nacional, no último dia 31, com o valor de R$ 3,96 bilhões para o programa, praticamente o mesmo de 2022. A verba prevista, por exemplo, é menor que os R$ 5,6 bilhões destinados em decreto pelo governo, antes das eleições, para atender ao orçamento secreto.

Com esse valor, as escolas estão fornecendo lanches em vez de refeições. Algumas preferem até suspender as aulas mais cedo para poder liberar os estudantes sem merenda.

R$ 0,36 por refeição

Hoje, para cada refeição de aluno do ensino fundamental, o governo federal repassa R$ 0,36. Isso impede que mais opções sejam ofertadas aos alunos.
"Nós não temos como dar outra opção de suco para o aluno, por exemplo. Se ele não gosta daquela fruta, fica sem tomar", diz a diretora.

A escola fornece hoje duas merendas para os alunos por dia, uma para cada turno de aulas: às 10h e às 15h. "[Um fornecimento apenas] é pouco pelo tempo que eles estão fora de casa. Um exemplo são os alunos da zona rural, que na sua maioria saem de casa às 11h40 e só retornam entre 17h40 e 18h".

Ela conta que houve casos de alunos do turno da tarde que chegarem sem ter almoçado em casa. "Eles ficavam esperando o lanche das 15h em completo desespero. Quando investigamos e soubemos, acionamos a assistência social da cidade", afirmou.
Tenho certeza de que, havendo um valor justo para a compra da merenda, nossos alunos teriam mais refeições. Por conta do baixo valor da merenda, fazemos apenas uma refeição, mas é pouco. Seriam necessárias duas refeições."

Samara Santos Santana, diretora escolar.


A filha de Jucicleide Carneiro, de 11 anos, é aluna da escola e também acha pouco o que a aluna do quinto ano come. "Uma fruta para uma criança pela manhã é pouco. O melhor dia é o da sopa, ou o pãozinho de batata, mas só são cerca de dois lanches desses no mês. Diariamente é só biscoito ou pipoca com suco e fruta", afirma.
Por isso, ela diz que tenta dar um café da manhã reforçado para Késia Luanny para que ela não chegue com muita fome à escola. "O problema é que ela não tem muito apetite logo cedo", conta.


Uso de outras verbas e impacto ao agricultor

O prefeito de Nova Fátima, Adriano de Rosalva (PP-BA), afirma que tem usado dinheiro de outros repasses federais ou estaduais para não deixar de dar merenda aos alunos.

"Nós temos uma pequena arrecadação própria. É impossível dar alimentação com o valor repassado. Na educação para jovens e adultos [EJA], o repasse é de 32 centavos. Você compra o que com esse valor?", questiona.

"Esse valor não paga nem a água mineral, é impraticável e não tem qualquer justificativa para isso. As coisas estão muito mais caras, então a gente deixa de fazer algumas coisas, como os eventos, um calçamento em uma rua, uma rede de esgoto, para dar comida às crianças."

Valor repassado por aluno por dia:

Educação de jovens e adultos - R$ 0,32

Ensino fundamental - R$ 0,36

Pré-escola - R$ 0,53

Creches e ensino integral - R$ 1,07


Ouvimos vários outros gestores municipais e escolares, que fazem críticas semelhantes.

"Temos 800 alunos e recebemos em média R$ 7.000 para 22 dias letivos. Não dá para comprar nem o pão que fornecemos na merenda. Dá R$ 7,92 por aluno, isso não dá para comprar o quilo de arroz ou o leite para alimentar as crianças", relata Michel Bezerra, secretário de Educação do município de Antônio Martins (RN).

O problema afeta também a cadeia produtiva da região, já que ao menos 30% da merenda deve ser comprada da agricultura familiar.

Rita Xavier, tesoureira da Cooperativa Agroindustrial de Nova Fátima, afirma que no início de cada ano a entidade faz um contrato com a prefeitura, que a cada dia fica mais complicado.
"A prefeitura tem comprado menos, e a mercadoria está muito cara. Sem contar que os valores pagos são os mesmos, não tivemos aumento. Quem sofre as consequências [da falta de reposição da inflação] é o agricultor familiar."

Luta por reajuste

Segundo Mariana Santarelli, assessora de políticas públicas da Fian Brasil (Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas), a defasagem do valor repassado causa impacto brutal especialmente nas cidades menores.
"Nos últimos anos, houve uma perda de poder de compra por conta da inflação de alimentos que compõem a alimentação escolar. Os preços subiram muito", ressalta.

Para ela, nesse cenário, o recurso repassado não é suficiente para garantir uma alimentação minimamente adequada como manda a lei.
"Têm escolas que estão deixando de oferecer aulas todos os dias porque não têm merenda e preferem dispensar os alunos mais cedo. Em outros casos, eles reduzem a qualidade, fazem alimentação baseada só em arroz e feijão, com redução de proteínas, frutas e verduras. Mas a maioria troca a refeição pela oferta de um lanche", comenta.
"Diferentemente das capitais, que têm condições de complementar com mais duas ou três vezes o valor do PNAE, muitas prefeituras não têm recursos próprios. Isso afeta aquelas cidades mais pobres, que é justamente onde se tem mais fome", completa.


Em nota, o Observatório da Alimentação Escolar, que reúne organizações da sociedade civil e movimentos sociais, afirma que tem lutado para que o Congresso derrube o veto e recomponha a previsão de aumento para 2023 do valor do PNAE.
"Essa é a segunda vez que Bolsonaro, em menos de um mês, se nega a atualizar os recursos destinados para a alimentação escolar. Ele vetou o reajuste aprovado pelos congressistas no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 —uma recomposição de 34% que cobria a defasagem dos últimos cinco anos", afirma.

Para as entidades, "as decisões de Bolsonaro atingem em cheio uma das principais políticas públicas voltadas a garantir o direito humano à alimentação e nutrição adequadas". Segundo o observatório, cerca de 40 milhões de estudantes são atendidos atualmente pelo PNAE.

A alimentação escolar adequada é fundamental para um expressivo número de famílias brasileiras nessa situação. Para boa parte delas, as refeições na escola são a principal fonte de comida saudável de seus filhos."Trecho de nota do Observatório da Alimentação Escolar
Procurado pela coluna, o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), autarquia vinculada ao Ministério da Educação que gerencia o PNAE, informou que não possui autonomia para aumentar o valor a ser repassado às entidades executoras. "Esse aumento só pode ocorrer se houver majoração do valor per capita", diz.

Ainda segundo o órgão, esses valores per capita não podem se diferenciar entre os municípios por maior vulnerabilidade social. "Cabe destacar que, durante o período de pandemia da Covid-19, o FNDE repassou duas parcelas extras, a fim de apoiar os municípios e estados garantindo mais recursos para viabilizar a distribuição de kits de alimentos aos estudantes em aulas remotas", afirma.

Matéria do UOL com conteúdo do Estadão.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

CPI entrega relatório final à PGR


Nove senadores da CPI da Pandemia entregaram há pouco o relatório final da comissão ao procurador-geral da República, Augusto Aras. O relatório foi aprovado ontem.
Documento atribui 9 crimes a Bolsonaro e pede 80 indiciamentos. Cabe à PGR avaliar medidas sobre pessoas com foro privilegiado

Brasília - Senadores da CPI da Covid entregaram nesta quarta-feira (27) ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o relatório final aprovado pela comissão nesta terça (26). Em seguida, se dirigiram ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde entregaram o documento ao ministro Alexandre de Moraes.
A ida à PGR e ao STF representou o primeiro ato da comissão após a conclusão dos trabalhos, que duraram seis meses. Caberá à Procuradoria avaliar eventuais medidas relacionadas a autoridades com foro privilegiado.
Após o encontro, a PGR publicou em rede social uma declaração de Aras na qual o procurador-geral disse que, com o relatório em mãos, poderá "avançar" nas apurações sobre pessoas com foro.


Na noite de ontem, terça, os senadores aprovaram, por 7 votos a 4, o parecer que pede 80 indiciamentos. O relatório, de 1.288 páginas, atribui ao presidente Jair Bolsonaro nove crimes durante a pandemia.

O relatório também inclui pedidos de indiciamento de:

• ministros;

• ex-ministros;

• filhos do presidente da República;

• deputados federais;

• médicos;

• empresários;

• governador do Amazonas, Wilson Lima;

• duas empresas que firmaram contrato com o Ministério da Saúde (Precisa Medicamentos e VTCLog).

Ao todo, são 13 pessoas com foro privilegiado incluídas no relatório final da CPI. A Procuradoria terá de decidir se arquiva os pedidos de indiciamento, se instaura um inquérito ou se apresenta denúncia.


"CPI cobra 'justiça'

Ontem, antes da votação do relatório final, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), cobrou providência da PGR e que se faça "justiça".


"Não queríamos e não queremos vingança, queremos justiça. E, se alguém acha que algum procurador vai matar no peito esse relatório e dizer que isso aqui são narrativas, vai ter que dizer como foram essas narrativas. Sabe por quê? Porque esse inquérito é público, não é fictício, feito às escondidas", disse Aziz nesta terça.

"Não há como qualquer membro do Judiciário dizer que não existiu. Pode até questionar alguma coisa, mas vai ter que escrever, vai ter que negar, vai ter que botar lá a sua assinatura e dizer que não houve nada. E o bom brasileiro, aquele que jurou a Constituição, aquele que passou num concurso público, não tem o direito de engavetar. Ele tem a obrigação de continuar a investigação", acrescentou o presidente da comissão.
Aziz já havia dito que o Ministério Público terá de ser "mágico" para não pedir a punição de ninguém.

Fonte: Agência Senado e G1

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