domingo, 6 de novembro de 2022

Bolsonaristas acreditam em 'intervenção federal' comandada por Lady Gaga

Pegadinha apontou a cantora como Primeira-Ministra do Tribunal de Haia e apoiadores do futuro ex-presidente que se recusa a admitir a derrota caíram rapidamente

Loucura - Embalados pela derrota – legítima – do atual presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), milhares de pessoas foram às ruas, desde o resultado da disputa presidencial alegando, sem provas, fraude nas eleições.

Circulou em grupos bolsonaristas no WhatsApp e no Telegram, uma mensagem que dá conta de que Jair Bolsonaro teve na última quarta-feira (02/11) uma suposta reunião com "Stefani Germanotta, a Primeira-Ministra do Tribunal de Haia", e que o assunto foi quais deveriam ser "as providências a serem tomadas após as 72 horas".
 
O card que viralizou nas redes sociais diz ainda que "tudo indica que haverá uma intervenção federal para reapurar os votos das urnas" no Brasil. Questionado da fonte da informação, o participante que enviou a postagem disse que a fonte era "um amigo que tem contatos lá no Forum Pan".
 
Caso você não saiba, Stefani Germanotta é o nome de batismo de ninguém menos que Lady Gaga. A "informação" foi acompanhada por uma montagem rudimentar em que a cantora e atriz norte-americana aparece em uma suposta vídeo chamada com o futuro presidente e, como é de costume, o pessoal do grupo acreditou rapidinho nas fake news.

Na falsa mensagem, vieram ainda absurdos como mensagens dizendo que "as provas da fraude estão sendo apresentadas e a qualquer momento pode ocorrer a aplicação do Artigo 142 da Constituição Federal, promulgada em 1988, garantindo a intervenção federal". Vale destacar, que o artigo integrado o "Capítulo II" mencionado não faz qualquer menção a "intervenção federal" pretendida pelos bolsonaristas. O dispositivo legal apenas dá o conceito de Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica e define as suas competências, dentre as quais não está a de se insurgir contra os poderes constituídos do Estado e nem tampouco lhe fornece o papel de "poder moderador", como reinvindicam alguns apoiadores de Bolsonaro.

 
Para completar, também não está entre as atribuições do Tribunal de Haia intervir em eleições realizadas em países democráticos. A corte, também denominada como Tribunal Penal Internacional, investiga e, quando justificado, julga indivíduos acusados de crimes de guerra, aqueles considerados crimes contra a humanidade.
 
Apesar de Bolsonaro não ter mencionado a vitória de Luis Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais durante seu discurso na última terça-feira (01), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse na mesma coletiva que foi autorizado pelo presidente a iniciar o processo de transição nesta quinta-feira (03/11), o que já começou com o novo vice-presidente, Geraldo Alckmin, visitando o Senado Federal. O processo de transição de governo é previsto em lei e em decreto, ambos editados em governos anteriores, e não depende de autorização presidencial. 
 
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