quinta-feira, 7 de julho de 2022

Polícia investiga se incêndio na Estação Mato Alto foi criminoso; veja plano de contingência


Ninguém se feriu. Parada é uma das mais movimentadas do Corredor Transoeste.

A Polícia Civil do RJ abriu uma investigação para saber se o incêndio na Estação Mato Alto do BRT foi criminoso. A parada, uma das mais movimentadas do Corredor Transoeste, foi parcialmente destruída pelo fogo na noite desta quarta-feira (6), junto com um dos ônibus articulados.
O BRT Mato Alto tem dois módulos: o expresso e o parador — este não foi atingido pelas chamas. No início da manhã, todas as linhas se concentravam nesta parte, o que gerou um engarrafamento de articulados. Depois, o ponto dos expressos foi transferido para a calçada.

Medidas de emergência

A MOBI-Rio e a Secretaria Municipal de Transportes montaram um esquema de contingência.
O embarque e desembarque serão feitos no módulo parador e todos os serviços estão mantidos. Haverá reforço do serviço “diretão” Mato Alto-Alvorada, com operadores na estação para orientação aos usuários.
Além disso, a linha SP 803, que faz o trajeto Bangu-Sulacap, foi estendida até Campo Grande. Desta forma, os usuários de Campo Grande com destino ao Recreio e à Barra poderão pegar esta linha como opção, integrando com o BRT Transolímpica no Terminal Sulacap.

Ainda na manhã desta quinta-feira, a Prefeitura do Rio vai começou a limpeza e os reparos necessários para a retomada das operações. A estimativa é que o módulo atingido pelo incêndio seja reaberto em até 15 dias. 

Após o incêndio, a Polícia Civil foi acionada e foi feito o registro de ocorrência com solicitação de perícia para que possa ser esclarecido se foi um incêndio criminoso. Esta semana a polícia concluiu que dois incêndios ocorridos em abril teriam sido causados por ação humana intencional.

Como foi o incidente

De acordo com o Corpo de Bombeiros, militares do Quartel de Campo Grande foram acionados às 20h29 para combater um incêndio em um ônibus articulado. As chamas, porém, logo se alastraram para parte da estação, uma das maiores e mais movimentadas do corredor Transoeste, que cruza a Zona Oeste do Rio.

Segundo a corporação, às 23h30 o fogo já tinha sido debelado.

No Mato Alto, por exemplo, descem passageiros com destino à Barra da Tijuca que vêm de linhas alimentadoras de Guaratiba e Campo Grande.
O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, lembrou que outro veículo pegou fogo na segunda-feira (4), desta vez em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A prefeitura aguarda o fim das investigações da Polícia Civil.

Incêndio criminoso em abril

Laudos da perícia em dois ônibus do BRT que pegaram fogo em abril apontam que os incêndios foram criminosos. A Secretaria Municipal de Ordem Pública suspeita de uma ação orquestrada.
No dia 11 de abril, um ônibus pegou fogo no Terminal Alvorada. O motorista conseguiu abrir as portas e os passageiros saíram sem ferimentos. Outro incêndio aconteceu no BRT na Avenida Ministro Edgard Romero, em Madureira, na Zona Norte do Rio. Também não houve feridos.
Os dois casos foram registrados na delegacia pela Mobi-Rio. Os veículos foram periciados pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli no dia seguinte. Os laudos apontam como causa incêndios criminosos nas duas ocorrências.

Fotos da perícia foram anexadas ao documento. Nas imagens, alguns pontos chamaram a atenção dos peritos. Nas baterias de um dos veículos, não havia vestígios de acidente termelétrico. Em outro, o tanque de combustível não tinha sinais de vazamento e o terminal de bateria também estava íntegro.
De acordo com o laudo, os incêndios foram causados por “ação humana intencional” e ocorreu a manipulação do circuito elétrico do veículo de modo a produzir um foco de incêndio nos dois casos.

Mesmo sem provas, Breno Carnevale acredita em uma ação orquestrada.
“A gente não tem capacidade e nem atribuição para apontar um suspeito A, B ou C. Mas, nitidamente, existem fortes indícios e, por isso mesmo, a Polícia Civil fez o registro de ocorrência de que essas ações foram orquestradas e a nossa expectativa é que estes criminosos sejam identificados e punidos”, disse Carnevale.

A MOBI-Rio afirma que existe um procedimento de apuração a cargo da Secretaria de Governo e Integridade Pública, que recebeu os mesmos laudos da Polícia Civil sobre os ônibus articulados incendiados em abril. Uma perícia também foi solicitada para o veículo que pegou fogo no corredor Transoeste.

Fonte: G1

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