Frustração pelo baixo interesse popular ficou nítido entre os apoiadores.
Política - A visita do ex-presidente Jair Bolsonaro a Itaguaí, na tarde desta sexta-feira 19, em apoio ao pré-candidato a prefeito Alexandre Valle, gerou expectativas. Contudo, a alta rejeição ao nome de Valle parece ter respingado no ex-presidente e resultou na presença de apenas 500 a 600 pessoas aproximadamente nas ruas da cidade.
As imagens aéreas comprovam que o evento "flopou" expressão usada nos dias de hoje para atestar algo que não deu certo e ficou vazio.
Nosso blog esteve ao evento e constatou a adesão abaixo do esperado.
Apesar do apoio de uma figura política reconhecida, a campanha de Alexandre Valle enfrenta desafios para conquistar maior engajamento popular e ampliar sua base de eleitores. A sua pré-campanha ao Executivo Municipal, demonstra o que tem ocorrido com Valle nas urnas em Itaguaí nos últimos pleitos. Já que ele tem obtido quedas vertiginosas a cada eleição que disputa na cidade.
Em 2012 ele obteve 23.522 (vinte e três mil, quinhentos e vinte e dois) votos, ficando em segundo lugar. Já em 2016, sofreu uma grande queda, obtendo 13.166 (treze mil, cento e sessenta e seis) votos, ficando na terceira posição. Já no último pleito em 2020, Valle caiu ainda mais, tendo obtido 8.354 ( oito mil, trezentos e cinquenta e quatro) votos, ficando na quarta colocação e cada vez mais longe do sonho de ser prefeito.
Além das disputas nas urnas, o pré-candidato do PL já foi secretário municipal na cidade e teve seu nome vinculado a especulações imobiliárias e coação. Ele é réu numa ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por improbidade administrativa quando ocupou o cargo de secretário de Indústria, Comércio e Turismo do município, conforme revelou a coluna do jornalista Ricardo Noblat do Metrópoles. Segundo as testemunhas do MP, Valle e Alexandre Oberg Ferraz, procurador-geral de Itaguaí na época, coagiram os moradores do Parque Chaperó a comparecer à Procuradoria do Município para assinar documentos e receber valores irrisórios pela aquisição de suas terras, sendo forçadas a deixar o local. Depois, tratores da prefeitura demoliram as construções e área passou a ser vigiada por agentes do município. Um morador negou-se a fazer negócio e teve a casa invadida e depredada.
Em depoimento, Valle disse que a Prefeitura tinha a intenção de criar um condomínio na área, mas desistiu.
As terras foram compradas pela Formaketing. E o MP concluiu que tanto Valle, quanto Ferraz atuaram como corretores e representantes de uma empresa privada para adquirir as terras por um preço menor. O processo corre na 2ª Vara cível de Itaguaí.
A dupla Valle e Ferraz também está envolvida numa transação imobiliária milionária da venda de três terrenos na Ilha da Madeira, onde fica o Porto de Itaguaí. Em 2010, eles compraram a área dos herdeiros de Azizi Abraão por pouco mais de R$ 800 mil e, um ano depois, venderam para a MMX, de Eike Batista, por R$ 22 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário